A exposição “Até Quando”, do fotógrafo baiano Genilson Coutinho, retrata a importância de combater a LGBTfobia no país. A exposição foi aberta no dia 17 de maio, Dia Internacional da Luta Contra a LGBTfobia, no Museu de Arte da Bahia, no Corredor da Vitória, em Salvador.
A pergunta no nome da exposição é um questionamento de milhares de LGBTQIA+ a cada notícia sobre os diversos casos de violência contra a comunidade. A cada 23h, uma pessoa LGBTQIA+ é assassinada, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB). E na maioria, os casos são esquecidos nas gavetas dos tribunais ou classificados como crimes comuns.
O ensaio busca despertar na sociedade um posicionamento diante de tristes histórias que não apenas tiram a vida das pessoas, mas que destroem lares, sonhos e histórias brilhantes. Tudo pelo simples fato de não se respeitar a felicidade do outro de ser quem deseja ser.
Cada imagem traz a história de uma vida perdida para LGBTfobia do primeiro caso de homofobia documentado no Brasil, em 1614, com a execução do indígena Tibira do Maranhão; a morte do estudante Itamar Ferreira na fonte da Praça do Campo Grande; o assassinato da artista transformista Andressa Larmac nas proximidades da Estação da Lapa; a morte de Teu Nascimento dentro da sua casa no bairro de Cajazeiras, na periferia de Salvador; o jovem ativista Alex Fraga em Lauro de Freitas e o casal de mulheres lésbicas assassinadas em Camaçari. A exposição apresentará um círculo de vida, história familiar e dores causadas pelas perdas.
Essa violência atinge principalmente pessoas transexuais e travestis, que têm uma estimativa de vida de 35 anos, fato que coloca o Brasil no ranking de países que mais matam LGBTs no mundo. A travesti Dandara, em 2017, foi levada em um carro de mão, depois de sofrer agressões, até ser brutalmente assassinada com um disparo de arma de fogo. Esse é um dos casos mais violentos já ocorridos no Ceará. Dandara se transformou numa das vítimas de transfobia mais conhecidas no mundo.
Fonte: Bahia News